“Hoje é um dia feliz. Atingimos, de facto, a nossa meta de vacinar contra a covid-19, com a vacinação completa, 85% da nossa população”. A frase é da diretora-geral da Saúde Graça Freitas, dita a 09 de outubro – o tal “dia feliz” em que Portugal se tornou no primeiro país do mundo a atingir a meta dos 85%. Até essa data, tinham sido administradas (em Portugal continental) cerca de 15,3 milhões de vacinas, possibilitando que cerca de 8,4 milhões de pessoas tenham o esquema vacinal completo.

Em Guimarães, a poucos dias de o centro de vacinação no Multiusos completar oito meses de funcionamento, o balanço do processo “só pode ser positivo”, explica Novais de Carvalho. O diretor-executivo do ACES Alto Ave fala num “objetivo atingido”, já que os números mostram que o concelho de Guimarães “está alinhado com a Administração Regional de Saúde (ARS) Norte”.

E isso é, desde logo, bom sinal. É que o relatório de vacinação disponibilizado pela Direção-Geral da Saúde – o último antes do fecho desta edição do Jornal de Guimarães – apontava para a região Norte como sendo aquela com maior percentagem de utentes com vacinação completa (87%) e com pelo menos uma dose (89%).

Novais de Carvalho vinca que os objetivos foram sendo atingidos devido “a uma sinergia de esforços”. “Tudo foi positivo porque houve excelente colaboração dos profissionais envolvidos no centro de vacinação, desde profissionais de saúde aos profissionais de outras áreas que lá estiveram a colaborar: a polícia, seguranças, voluntários, assistentes operacionais, sem esquecer a Câmara Municipal de Guimarães e a Tempo Livre”, destaca o diretor-executivo de um Agrupamento de Centros de Saúde que serve mais de 270 000 utentes.

Até 07 de outubro, como se vê no gráfico, registaram-se um total de 212 545 inoculações no concelho. Nestes números já entram os jovens. Em termos de vacinação da população adolescente, entre os 12 e os 17 anos, cujo processo foi iniciado no verão, o Ministério da
Saúde dá conta que cerca de 88% já tenha começado o seu esquema vacinal. Mas, realça Novais de Carvalho, “o processo continua, o centro de vacinação mantém-se, ainda que com uma equipa mais reduzida”. Neste momento, “os esforços estão dirigidos à vacinação antigripal e vacinação covid”. O responsável explica que grande parte das vacinas fora administradas “até finais de setembro” – numa “altura em que houve vacinação em massa”, refere.

Por falar em gripe

Um dos focos agora é a vacinação antigripal. Ainda na primeira fase, a prioridade é para profissionais de saúde, utentes específicos (como grávidas), e residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais: “Acabada a primeira fase, vamos convocar pessoas com mais de 65 anos e que sofram de doenças crónicas”.

No entanto, “continua a decorrer a vacinação covid”: segundas doses e regime de “casa aberta”, nomeadamente. O início da vaci- nação com a terceira dose começou segunda-feira, dia 11, e espera-se que mais de dois milhões de pessoas elegíveis estejam inocula- das até fim de dezembro: “Mantém-se atual fazer o repto para que as pessoas que não se vacinaram vão ao centro de vacinação, porque em regime de casa aberta fazem vacina sem constrangimentos e ficam protegidos de um vírus que não sabemos quando desaparecerá.