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Ainda que sem mantas, foi um festival “muito reconfortante”

Forçada pela meteorologia a mover os concertos noturnos, A Oficina realça que o Manta se tornou "numa coisa mais próxima" ao ter o Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor como palco.

21 setembro 2021 > 08:30

Após um ano de interrupção, o festival Manta, em que tipicamente o público aconchega os jardins do Centro Cultural Vila Flor com os seus frouxéis nas últimas noites de verão, voltou pela 14.ª vez, nos dias 11 e 12 de setembro, com música e um sentido ainda mais apurado de proximidade. O contexto assim o exigiu. Tanto a pandemia, como as dúvidas para com a meteorologia condicionaram os moldes do festival, levando a que apenas o concerto da tarde, com o quarteto que, através do som, veicula mensagens de teor ecológico e social para as crianças - Afonso Cabral, Francisca Cortesão, Inês Sousa e Sérgio Nascimento - decorresse no relvado, entre famílias.

Os concertos noturnos, com a artista espanhola Sílvia Perez Cruz Trio e Mallu Magalhães, também vocalista do projeto Banda do Mar, acabaram por acontecer em auditórios, com permissão de apenas 75% do limite máximo do espaço. Mas nem isso abalou o espírito do público, que segundo membros da organização se manteve “muito entusiasta e satisfeito”. Aliás, Fátima Alçada realça que o momento de auditório acabou por tornar a dinâmica destes concertos mais intimista.

“Tanto a Mallu como a Sílvia foram tendo um diálogo, que foram mantendo ao longo do concerto, com o público e ainda tornou o concerto numa coisa mais próxima. Não estavam só a cantar, também estavam a partilhar o seu trabalho, a conversar sobre a vida, sobre este tempo que vivemos e sobre este regresso”, conta a diretora artística de A Oficina.

Fátima Alçada não consegue destacar um só momento do festival, igualando a qualidade de cada prestação, “ainda que fossem artistas diferentes”, e definindo o regresso à programação como o verdadeiro destaque desta edição. “Ainda não foi um regresso absoluto como o que tínhamos, mas depois de um ano em que não podemos de todo apresentar o Manta, este momento já é muito reconfortante”, termina.

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