O dia 8 de junho de 2019 assinalou um marco na cronologia do fado vimaranense. “Marcou-se um antes e um depois no que ao fado diz respeito na cidade de Guimarães”, crê Luís Teixeira de Campos, presidente da Associação Guimarães Fado, então fundada. “O fado em Guimarães é um fenómeno restrito e fechado”, sendo que com a criação da associação foi possível conceber “uma plataforma confortável para receber e mesclar vários estratos sociais”.

O vibrar das cordas da guitarra clássica e da guitarra portuguesa passou a ser mais sentido na cidade-berço em três anos que, mesmo assombrados pela pandemia, foram “incrivelmente desafiantes”. Antes de se constituir a associação, já em 2016 Luís Teixeira de Campos dinamizava o projeto Fado 1111, com uma exposição interativa sobre a História do Fado, da Guitarra Portuguesa, da língua portuguesa e da génese da portugalidade, atraindo ao Largo de Donães muitos interessados.

Um clique para a constituição da associação, que dinamizou e continua a dinamizar jantares, convívios e passeios – sempre com o fado associado –, de forma a colmatar a variável lúdica, destacando-se nestes três anos a abertura da “escola de artes e do fado” com o “lecionar de Guitarra Portuguesa, do canto e da viola de fado, entre outras”. Outro marco, a Associação Guimarães Fado participou na Marcha Gualteriana com a “execução de um carro alegórico por via dos 100 anos do nascimento de Amália”.

Contando no currículo com a internacionalização de alguns dos seus artistas, colocando-os em festivais WorldMusic, a missão da Associação Guimarães Fado para o futuro passa por, mantendo a sua independência, encetar uma aproximação aos “organismos autárquicos, governativos e setoriais de apoio à cultura”, para poder dar “outra escala” as suas atividades.