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Les Dirty Two em Coura: “astros alinharam-se” para o “prémio carreira”

Caldas das Taipas volta a ter o seu nome no cartaz de Paredes de Coura. Dupla taipense Les Dirty Two vai passar a sua música no icónico festival no dia 14 de agosto, no Sobe à Vila.

JHC
01 janeiro 2018 > 10:10

Horácio deu o primeiro beijo à sua esposa em Paredes de Coura. Falou pela primeira vez de música com o “conhecido de vista” Ezequiel quando precisou boleia para regressar às Taipas depois de mais uma jornada na vila de Viana de Castelo. Os “dois rapazes que já consumiam muita música quando algo estava a acontecer” no panorama rock e indie rock transportaram a ligação individual a Paredes de Coura para uma relação de cumplicidade. “Todas as semanas saía algo novo para ouvir”, recordam, e tanto Ezequiel como Horácio passavam música, “a solo”, em vários espaços. Dois disco-jóqueis (Dj’s) que se cruzaram em palco, “ao nível do solo”, como gostam, na passagem de ano de 2007 para 2008. “A coisa correu bem”, recorda Ezequiel, “a sala era pequena e foi pequena, porque o pessoal encarnou o espírito e foi uma noite memorável”.

E assim nasceram os Les Dirty Two, com sotaque francês “para dar glamour”, pronúncia Horácio com uma gargalhada. E Já lá vão catorze anos de dupla “com pequenos cachés ou muitas vezes nulos”, diz Horácio, complementado por Ezequiel com a mesma simbiose que põe música: “A troco de uns jantares, uns copos ou assim. O nosso objetivo sempre foi divertirmo-nos, juntar amigos, colocar o pessoal a ouvir música que não era comum passar nos bares da zona e…não ter prejuízo; mas acho que chegámos a ter”.

Totalistas no Barco Rock Fest, foram acolhidos no Bar 101, uma verdadeira “casa” para eles, e nestes catorze anos correram “tudo que era bar e até algumas discotecas aqui da zona”. No píncaro do CV da dupla taipense inserem-se locais como Music Box ou Santiago Alquimista, em Lisboa, ou o Plano B, no Porto, todos eles após concertos dos Smix Smox Smux do amigo Filipe Palas. Expetativa? “Nenhuma, a não ser continuar a fazer uns set’s que funcionam como uma terapia, um escape, que vai para lá das nossas profissões que são e sempre foram as nossas prioridades, mas desde logo exigentes e absorventes, nunca vivemos disto”, afirmam ambos.

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