Mais de metade dos turistas que visitam Guimarães vêm de Espanha
Dados compilados pela Divisão do Turismo apontam para um "auspicioso ano de 2022". Mercado interno em quebra foi ultrapassado por França. Cultura continua a chamar gente ao território.

São os mercados de proximidade que continuam a sustentar a atividade turística em Guimarães. É que 80% dos visitantes vêm de Espanha (55,3%), França (18%) e do próprio país (6,8%). Os dados são do relatório "Síntese da Atividade Turística de Guimarães", que analisou o período entre junho e agosto. "Está já em curso uma retoma muito significativa do turismo, sendo de antever um auspicioso ano de 2022", lê-se.
Os dados recolhidos pela Divisão de Turismo registou uma afluência de 33 827 visitantes aos postos de turismo, aproximando-se dos resultados dos anos de 2017 e 2018, mas ainda longe do pico atingido em 2019 (49 359).
O relatório aponta para uma forte quebra na procura do mercado nacional, que foi ultrapassado por turistas provenientes do mercado francês. De resto, dos países de origem destaca-se também o Brasil, mercado líder fora do espaço europeu. Estados Unidos da América, Canadá e Japão também figuram na lista.
Relativamente ao mercado interno, são os grandes centros populacionais - Lisboa e Porto – os principais emissores para o destino Guimarães, perfazendo no seu conjunto aproximadamente 43,5% dos visitantes. Aveiro (6,4%) e Setúbal (5,06%) são os distritos que se seguem.

A cultura continua a chamar gente ao território. Pelo menos é isso que indicam os dados compilados referentes às visitas aos principais monumentos de Guimarães - Castelo de e Paço dos Duques de Bragança, assim como de um conjunto de museus, designadamente o Museu Alberto Sampaio, Centro Internacional das Artes José de Guimarães e Casa da Memória de Guimarães. "Comparativamente com igual período do ano transato, registou-se uma subida exponencial de cerca de 82%", atesta o relatório. Em 2022, os espaços receberam 315 377 visitas, rivalizando com 2019, o melhor período dos últimos sete anos.

A taxa de ocupação-quarto, referente ao setor da hotelaria, fixa-se nos 78% no período de junho a agosto, demonstrando assim uma expressiva subida em relação aos últimos anos, ao encontro do que sucede com o mercado turístico no território nacional.
À semelhança da hotelaria e dos Empreendimentos de Turismo de Habitação e no Espaço Rural, os estabelecimentos de alojamento local também registaram um claro aumento na taxa de ocupação, sendo que neste caso o acréscimo é bem superior – 20 pontos percentuais de 2021 para o presente ano.