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O TERB “faz” e “leva” teatro às escolas – e isso “faz falta”

A companhia associada ao Círculo de Arte e Recreio quer difundir o teatro pelos mais jovens e promover a descentralização cultural. Começou o trabalho em Moreira de Cónegos e vai a Ronfe em janeiro.

29 dezembro 2021 > 14:30

O Teatro de Ensaio Raúl Brandão (TERB) tem a missão bem defini­da: fazer teatro para as escolas – mas não só. Mais do que “fazer”, a palavra-chave também é “levar” aos estabe­lecimentos de ensino. “Faz fal­ta”, considera Miguel de Riba, responsável pela encenação de Auto da Barca do Inferno do TERB do Círculo de Arte e Recreio que, ao abrigo do proje­to PNL, quer levar as obras do Plano Nacional de Leitura aos mais jovens do concelho.

E para isso é preciso chegar às escolas. Há, no entanto, “pouca oferta”: “Nenhuma associação ou companhia faz essa parte”, diz Miguel de Riba. E isso re­flete-se nos espetadores que visitam assiduamente salas de espetáculos para ver uma peça. “Uma coisa que se sente ime­diatamente quando olhamos para a plateia é que essa faixa etária, a dos mais novos, é mui­to reduzida”, explica.

O trabalho pedagógico que o TERB começou em Morei­ra de Cónegos (entretanto já mostrou a dois agrupamen­tos no Auditório Nobre da Universidade do Minho, em Guimarães) e vai levar a Ron­fe em janeiro “é uma maneira de estimular as crianças para esta arte e educar públicos”. Depois, segue-se a encenação de Ulisses. A descentraliza­ção cultural é um dos princi­pais objetivos.

Ramo das artes de expressão do Círculo de Arte e Recreio, o TERB é desde há décadas impulsionador do teatro ama­dor no panorama concelhio e nacional. Miguel de Riba fala em “grande responsabili­dade” – até “pelo peso que o próprio nome do CAR guarda em si”, pontua. “Temos o que é necessário para manter o bom nome do TERB. Esteve parado durante alguns anos e a pandemia não ajudou. É muita responsabilidade alia­da a muita vontade de fazer melhor e manter essa tarimba que o grupo tem”.

O regresso do TERB aos pal­cos aconteceu em outubro, altura em que “Pillowman” subiu ao palco do Centro Cul­tural Vila Flor, no âmbito do Mostra de Amadores de Tea­tro. Havia saudade. “O que nós mais queríamos era o re­gresso aos ensaios e aos pal­cos, é, no fundo, a vida que queremos”, frisa.

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