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Shortcutz entra em 2022 na busca de atalhos para a “diversidade”

A sétima temporada da plataforma de curtas-metragens em Guimarães arranca nesta quarta-feira e promete viajar por géneros como a animação e o documentário, com novos convidados especiais.

22 fevereiro 2022 > 10:00

Guimarães aliou-se, em 2016, a uma das redes mundiais de exibição de curtas-metragens, que mistura competição e conversa: a Shortcutz, fundada em Lisboa, em 2010. Na antecâmara da sétima temporada, a iniciar a 23 de fevereiro, a sede do Cineclube de Guimarães conta já 72 sessões de cinema, programadas, na maioria, com duas obras em competição e uma curta de um realizador convidado para cada noite.

Apesar da exibição de 14 filmes portugueses em sete sessões mensais, concorrentes às distinções do público e do júri, ser o “coração” dos encontros para 2022, a fórmula vai ser retocada: ao invés de realizadores com “percursos consolidados” – Miguel Gomes é o mais recente exemplo, em janeiro -, a organização vai alastrar os convites a outros profissionais do cinema.

“Interessa-nos atores, argumentistas, diretores de fotografia, diretores de guarda-roupa que admiramos. Vai ser exibida uma curta em que o convidado tenha trabalhado. Ou uma que o tenha marcado particularmente”, explica Samuel Silva, um dos elementos da organização. Um desses nomes será o de Sara Barros Leitão, diretora convidada do Teatro Oficina para 2022.

Mas há outras vias para dotar as reuniões cinéfilas de “maior diversidade geográfica” e de “géneros”, desde o entretenimento ao documentário: estão previstas “quatro sessões especiais” ao longo do ano, que devem repetir a parceria de 2021 com o MotelX, festival de cinema de terror de Lisboa, mas também embarcar pelo cinema moçambicano, em parceria com o Shortcutz Maputo. O reforço da aposta na animação, através de “uma colaboração especial” com o festival Cinanima, pode ser outra das marcas de 2022.

Convicto de que as noites de curtas no Cineclube estão já “sedimentadas” no tecido cultural vimaranense, Samuel Silva vinca que o Shortcutz é um caminho para se apreciar cinema de forma “informal” e para ver filmes que, de outra forma, seriam “muito difíceis de ver”. “É muito raro uma curta-metragem portuguesa ter estreia comercial”, constata.

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