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Tchaikovsky e Mussorgsky com maestro ucraniano no Guimarães Allegro

Obras dos reconhecidos compositores russos protagonizam abertura do festival de música erudita que tem como lema “a arte pela arte”. Encher as ruas de música é outro dos propósitos da sétima edição.

08 julho 2022 > 12:20

As texturas da música clássica vão de novo emergir na cidade de 14 a 16 de julho, com o Guimarães Allegro. O lema da sétima edição, “a arte pela arte”, vincou o diretor artístico do festival, Domingos Castro, vai-se evidenciar logo no concerto de abertura, marcado para o Paço dos Duques de Bragança, às 22h00. A Orquestra de Guimarães vai interpretar Romeu e Julieta, composição de Piotr Tchaikovsky baseada na tragédia de Shakespeare, e Quadros de uma exposição, de Modest Mussorgsky, com a orquestração do francês Maurice Ravel, sob o maestro Maxim Rysanov.

O público será presenteado com um ucraniano a dirigir obras de compositores russos, terminando a segunda das quais com um “quadro” designado “A Grande Porta de Kiev”. “Temos visto uma cultura de cancelamento, e este é um manifesto contra a objetivação da música. O nosso lema é a arte pela arte”, frisou o diretor artístico na conferência de imprensa decorrida na Alameda de São Dâmaso.

Nos dois dias que se seguem, o Guimarães Allegro dará palco a vários ensembles de instrumentos clássicos e a várias formações de Guimarães – a sexta-feira está reservada aos Jovens Solistas do Conservatório de Guimarães e ao Quarteto de Cordas de Guimarães na sexta-feira, em espaços fechados, enquanto o sábado dará o espaço público ao Quarteto de Clarinetes da Banda Musical de Caldas das Taipas (Plataforma das Artes e da Criatividade), ao Grupo de Música de Câmara do Conservatório de Guimarães (Largo do Trovador) e ao Quarteto de Metais da Banda Filarmónica de Moreira de Cónegos (Largo da Oliveira).

Entre os ensembles que vão preencher o centro histórico classificado como património mundial da UNESCO e a área de Couros, destaca-se o Portuguese Brass, que vai interpretar obras de Shostakovich, de Verdi, de Puccini ou de Gershwin no jardim do Museu de Alberto Sampaio, a partir das 22h00 de sábado. A mostra encerra com o espetáculo itinerante dos Gooze, a partir das 23h00.

 

Dar “um tom festivo e celebratório” ao trabalho de todos os dias

Presente na apresentação do festival, o vereador com o pelouro da Cultura e do Turismo realçou que o Guimarães Allegro é o “momento de levar para a rua, em festa, a música erudita”, desmistificando “um certo elitismo” associado ao género musical.

“O próprio termo “música erudita” corre o risco de afastar as pessoas, mas o Guimarães Allegro tem enchido as praças e realmente alegrado as pessoas. Há expressões mais populares destas músicas que vão das bancadas filarmónicas aos grupos corais, de pessoas que todos os dias, de forma amadora, se entregam a esses projetos”, vincou Paulo Lopes Silva.

Para o responsável, o evento é também um canal para reforçar os projetos de formação musical em curso no território de Guimarães, agora “consolidados com a instalação do Conservatório de Guimarães no Teatro Jordão”, e também õ Bairro C, “projeto de dimensões artísticas e humanas” de “transformação do território e das pessoas”.

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