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"Vamos comprar um poeta" deu vida à Casa da Memória

Espetáculo concebido por Adriana Campos a partir do livro de Afonso Cruz com o mesmo título procurou abrir horizontes culturais do público escolar de Guimarães

14 novembro 2021 > 09:30

Decorreu na Casa da Memória de Guimarães, entre os dias 2 e 6 de novembro, a encenação projetada por Adriana Campos com base no livro “Vamos comprar um poeta”, de Afonso Cruz. Trata-se da história de uma adolescente que navega numa sociedade materialista, onde os nomes das pessoas são substituídos por números e as pessoas têm artistas em vez de animais de estimação. Depois da protagonista decidir ter um poeta, a sua vida muda para sempre.

Tal como o livro espelha, este “espetáculo-manifesto” é escrito e dirigido para um público-alvo a partir dos 12 anos, numa reflexão sobre a importância da poesia, criatividade e cultura.

Segundo Adriana Campos, este espetáculo decorrido em Guimarães foi concebido com o “propósito claro” de a “aproximar” deste tipo de público que considera ser "menos trabalhado”. A intérprete entende que existe “pouca oferta” para estas faixas etárias e diz que, “ao longo do tempo”, foi sentindo que os alunos “tinham pouco hábito de ir ao teatro”.

Apesar de “não possuir os números efetivos” de pessoas que assistiram às sessões, Adriana Campos reconheceu que a adesão por parte do público foi bastante positiva. “Tivemos sempre a casa cheia ou muito próximo disso. As escolas foram convidadas para assistir ao espetáculo e a adesão foi muito boa. Durante o fim de semana abrimos também para o público em geral, tivemos sobretudo famílias a assistir. A reação foi positiva e conseguimos estabelecer uma relação de proximidade”.

A professora, natural de Coimbra, destacou também o “grande apreço” que os professores demonstraram pela experiência e realçou uma particularidade: “Os alunos, em quase todas as apresentações, não se iam embora. Eles eram desafiados a fazer um jogo no final a propósito e pretexto do espetáculo e o que acabou por acontecer foi que os alunos permaneceram sempre no espaço”, disse.

Adriana Campos enalteceu ainda que o facto de o evento ter tido lugar em Guimarães surgiu no sentido de dar “continuidade ao esforço que a ‘Oficina’ e os restantes espaços culturais da cidade” têm feito em aproximar-se das escolas e fazer uma espécie de “ponto de ligação” entre a arte e a educação”, concluiu.

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